Eu nunca gostei de baladas e se gostasse certamente
já estaria cansada de todas as noites vazias e casos furtivos sem sentimentos.
Eu aprendi a gostar da minha própria companhia sem precisar estar em uma turma de amigos todos os sábados.
Decidi enfim que quero
um amor verdadeiro, que pode nem ser eterno, mas que traga um sabor doce às
minhas manhãs, que seja ele a melhor
companhia para olhar a lua. Que eu possa exibir os meus poucos dons na cozinha e ver ele se gabando pelo seu conhecimento em
vinhos, que queira mostrar só para mim. Quero um homem que eu reconheça pelo cheiro dos cabelos, pelo
toque dos dedos, pela gargalhada que vai ecoar pela casa transformando um
domingo sem graça, no melhor dia da semana. Quero caminhar pela casa de
chinelinho havaiana, de shortinho jeans e camiseta com o cabelo preso em um rabo de cavalo e
ainda assim, ver ele me admirando enquanto toma uma xícara de café.
Quero viver uma paixão
tranqüila e turbulenta de desejos, sem medo de dizer o que quero e muito menos
vergonha e que ele faça o mesmo pra que juntos vivamos sempre intensas
aventuras… quero que ele me veja como sua companhia pela qual voltará para casa depois de estar com os amigos, sem
precisar procurar por outras mulheres vazias e encontros efêmeros.
Quero deitar no tapete
da sala e ficar observando enquanto ele, de short jeans e camiseta, caminha
pela casa e sem esperar vem pra ficar ao meu lado ler um livro no sofá. Quero
que ele esteja deitado na cama desejando
que eu saia do banho com uma lingerie de tirar o fôlego. Quero brincar de
guerra de travesseiros, até que o perdedor vá até a cozinha pegar água. Quero ter
o poder que nenhum dos seus super heróis da infância tiveram… o poder de amar
sem medo, sem perigo e sem ir embora no dia seguinte.
Quero provar que se pode
fazer esse homem feliz! Eu quase deixei de acreditar que seria possível ter
vontade de me envolver novamente. Foram tantas dores, finais, recomeços e
frustrações que pensei em seguir sozinha para não mais se machucar. Então
percebi que a vida de solteira já não está fazendo tanto sentido. Decidi que
quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que me acorde de manhã
com um abraço que fará o meu dia feliz pra que na noite seguinte seja eu a responsável
por acordá-lo no meio da noite com
muitos beijos carinhosos antes de fazermos amor...
Quero um homem que eu
possa cuidar e amar sem receios de estar sendo enganada. Quero a alegria dos finais de semana juntinhos, as
expectativas dos planos construídos, o grito de “gol” estremecendo a casa
quando os nossos times estiverem ganhando ou a emoção de irmos à um estádio de
futebol, de jogarmos vídeo game juntos, de irmos à um show, ou simplesmente
tirarmos um dia para irmos a igreja agradecer pela dádiva de temos um ao
outro… Quero que possamos caminhar pelo parque, fazer piquenique, andar de
bicicleta, ir ao zoológico, cinema, teatro ou apenas ficarmos em casa sem fazermos nada e ainda assim seria um belo momento.
Quero momentos de conversas,
momentos de silêncio e a cumplicidade em dividir nossos segredos.
Quero observá-lo sem
camisa, lendo o jornal na varanda. Quero reclamar da bagunça no banheiro, rindo
e gritando quando ele revidar puxa-lo para o chuveiro, completamente vestido e
se for ele que o fizer comigo, apenas rir
e me entregar ao momento. Quero ajuda-lo lavar o carro em um dia bem
quente para que quando ele estiver distraído o dar um banho de mangueira. Quero
ter a certeza de que ao abrir a porta de casa mesmo ele não estando, chegará a
qualquer momento trazendo o brigadeiro da doceria que eu gosto tanto.
Quero beijar, cheirar, morder, beliscar e apertar
para ter certeza que a felicidade está ali mesmo… materializada nele. Quero
provar que se esse homem pode me fazer feliz! Sei que ele está por aí… sonhando
comigo assim como sonho com ele… talvez eu ainda nem o conheça, talvez sim,
talvez ele esteja longe… mas é só uma questão de tempo até o destino unir nossas vidas. Aí iremos nos completar e estaremos
ávidos para amar e sermos mutuamente feliz. Ou alguém duvida que o universo
traz aquilo que desejamos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário